sexta-feira

Tu





Nos teus olhos leio frustração, na tua alma pressinto a amargura do amor que nunca tiveste, nos teus braços hirtos, incapazes de estreitar os ombros dela ou a minha cintura, vejo a solidão que te sufoca, na mão que leva o copo à boca observo a vontade de fugires de ti, nas palavras que vociferas, com ódio, sei que experimentas a expiação dos teus fantasmas, no sono pesado que se segue a mais um confronto teu connosco (as únicas que te poderíamos dar tudo o que não tens) contemplo a tua fragilidade quase infantil. Só que já não tenho vontade de velar o teu sono…








Rosa