Voltei ao início do ciclo, contrariei todos os meus planos, abandonei as minhas promessas. Recomeçaram os telefonemas, os (des)encontros…
Mas hoje, quebrou-se qualquer coisa de essencial ,não consigo definir ainda exactamente o quê, onde, como. Mas quando saí da sua garçoniere, inundou-me uma tristeza, uma amargura, senti-me sozinha [mais do que alguma vez estive] e tive medo.
Não sei se foi algum gesto seu , uma maior pressão no modo de me tocar, se os seus nebulosos silêncios, ou pura e simplesmente a evidência de uma masculinidade que eu já conhecia de outros braços, que me incomodou.
Em alguma coisa você foi igual, mesmo banal, e para mim era essencial que fosse em tudo completamente diferente. Reconheço que tal ambição era quase impossível, mas hoje, entre nós, senti fantasmas, outras pessoas presentes. Comparei-o e senti que em si igualmente estava latente outro alguém [eu também lhe devo ter trazido memórias].
Talvez tenhamos chegado ao ponto “x”, ao cume de tudo o que é possível entre nós. Partilhámos os corpos, partilhámos o chão [como nunca o tínhamos feito], mas continuámos incapazes de partilhar o essencial [e agora sei que jamais o faremos].
Você não me fez perguntas, não me disse nada [como sempre], não deu o passo em frente. E eu, estupidamente fiquei calada, não tive coragem para quebrar as regras e estragar este jogo “do sem compromisso, sem passado e sem futuro” e agora sei que, tal como temia, este nosso silêncio será eterno.
As minhas expectativas (?) hoje caíram por terra, a partir daqui não é possível mais nada.
Raivosamente choro. Nós temos um espaço [ou melhor, nós poderíamos ter tido um espaço] só que ele está vazio [qual de nós é que não o quis construir?]
Mas hoje, quebrou-se qualquer coisa de essencial ,não consigo definir ainda exactamente o quê, onde, como. Mas quando saí da sua garçoniere, inundou-me uma tristeza, uma amargura, senti-me sozinha [mais do que alguma vez estive] e tive medo.
Não sei se foi algum gesto seu , uma maior pressão no modo de me tocar, se os seus nebulosos silêncios, ou pura e simplesmente a evidência de uma masculinidade que eu já conhecia de outros braços, que me incomodou.
Em alguma coisa você foi igual, mesmo banal, e para mim era essencial que fosse em tudo completamente diferente. Reconheço que tal ambição era quase impossível, mas hoje, entre nós, senti fantasmas, outras pessoas presentes. Comparei-o e senti que em si igualmente estava latente outro alguém [eu também lhe devo ter trazido memórias].
Talvez tenhamos chegado ao ponto “x”, ao cume de tudo o que é possível entre nós. Partilhámos os corpos, partilhámos o chão [como nunca o tínhamos feito], mas continuámos incapazes de partilhar o essencial [e agora sei que jamais o faremos].
Você não me fez perguntas, não me disse nada [como sempre], não deu o passo em frente. E eu, estupidamente fiquei calada, não tive coragem para quebrar as regras e estragar este jogo “do sem compromisso, sem passado e sem futuro” e agora sei que, tal como temia, este nosso silêncio será eterno.
As minhas expectativas (?) hoje caíram por terra, a partir daqui não é possível mais nada.
Raivosamente choro. Nós temos um espaço [ou melhor, nós poderíamos ter tido um espaço] só que ele está vazio [qual de nós é que não o quis construir?]
Maria Ana