Espaço sem tempo e sem rumo. Puro exercício de escrita no prazer de contar histórias de amores perfeitos, ou talvez não ...
sexta-feira
quarta-feira
quinta-feira
segunda-feira
Adeus
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço ...
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço ...
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"
sexta-feira
Mistérios
“Em cada vida temos uma misteriosa obrigação de reencontrar pelo menos
uma dessas Outras Partes. O Amor Maior, que as separou, fica contente
com o Amor que as torna a unir.”
– E como posso saber que é a minha Outra Parte? – ela considerava esta pergunta como uma das mais importantes que fizera em toda a sua vida.
Wicca riu. Também já se perguntara a respeito disto, com a mesma ansiedade que aquela menina a sua frente. Era possível conhecer a Outra Parte pelo brilho nos olhos – assim, desde o início dos tempos, as pessoas reconheciam seu verdadeiro amor. A Tradição da Lua tinha um outro processo: um tipo de visão que mostrava um ponto luminoso acima do ombro esquerdo da Outra Parte".
– E como posso saber que é a minha Outra Parte? – ela considerava esta pergunta como uma das mais importantes que fizera em toda a sua vida.
Wicca riu. Também já se perguntara a respeito disto, com a mesma ansiedade que aquela menina a sua frente. Era possível conhecer a Outra Parte pelo brilho nos olhos – assim, desde o início dos tempos, as pessoas reconheciam seu verdadeiro amor. A Tradição da Lua tinha um outro processo: um tipo de visão que mostrava um ponto luminoso acima do ombro esquerdo da Outra Parte".
in Brida, Paulo Coelho( copiado do blogue Sutseg)
terça-feira
Amor que morre O nosso amor morreu... Quem o diria! Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta, Ceguinha de te ver, sem ver a conta Do tempo que passava, que fugia! Bem estava a sentir que ele morria... E outro clarão, ao longe, já desponta! Um engano que morre... e logo aponta A luz doutra miragem fugidia... Eu bem sei, meu Amor, que pra viver São precisos amores, pra morrer, E são precisos sonhos para partir. E bem sei, meu Amor, que era preciso Fazer do amor que parte o claro riso De outro amor impossível que há-de vir! Florbela Espanca
domingo
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terça-feira
sexta-feira
quinta-feira
Perifescência
“Ficaram os dois a olhar um para
o outro, e eis que o estômago de Desdemona começa mais uma vez a dar sinais
inquietantes. E para explicar esta sua sensação terei de vos contar uma outra
história. Na sua comunicação na convenção da Sociedade Cientifica para o Estudo
da Sexualidade, em 1968 (…) o Dr. Luce introduziu o conceito de
«perifescência». A palavra em si não significa nada; Luce inventou-a para
evitar associações etimológicas. O estado de perifescência, no entanto, é bem
conhecido. Designa a primeira febre do vínculo do acasalamento. Provoca
tonturas, júbilo, cócegas nas paredes do peito, e uma vontade de trepar a uma
varanda através de um cabelo da pessoa amada. A perifescência constitui o
primeiro período de inebriamento químico e felicidade conjugal em que a pessoa
é capaz de sentir o perfume de uma papoila durante horas a fio. (Segundo Luce,
pode durar até dois anos.) Para os antigos, aquilo que Desdemona sentia seria
explicado pela influência de Eros. Para os especialistas de hoje, a explicação
reside na química do cérebro e na evolução. Seja como for, volto a insistir que
para Desdemona a perifescência era como uma vaga de calor que lhe afluía desde
o abdómen até ao peito, alastrando como um aluvião de um licor de menta finlandês
com mais de 50 graus. “
Eugenides, Jefeerey
Middlesex2002
sexta-feira
quarta-feira
o amor são instantes
quando o abraças assim... com a vontade de toda a saudade e a urgência do futuro que temes não ter, amo-te.
só nesse preciso instante, amo-te
só nesse preciso instante, te perdou
só nesse preciso instante somos "nós"
Zita
segunda-feira
histórias sem limites
Há livros, com histórias, que fazem avivar as nossas memórias mais íntimas.
Não tivessem sido escritas por gente de outras paragens e diria que algum de nós dois tinha rompido o pacto e partilhado a nossa história.
Foi um privilégio vivê-la, mas foi em consciência que escolhi partir…embora passando a viver no desassossego de ter uma vida esvaziada sem ti…
14 anos depois, não consigo esquecer cada um dos segundo que passámos juntos, nem o frémito da emoção de estar contigo sempre no limite de nós.
Maria
quinta-feira
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