terça-feira

Dor

Tremem-me as mãos de ansiedade. Dói-me o peito. Só respiro porque faço o enorme esforço de pensar que tenho que respirar a cada segundo. Estou cega de pranto, as lágrimas são muitas mais do que as que cabem nos meus olhos.

Só vos peço que me deixem sossegada. Nestes momentos, não suporto que me toquem, não quero que me apazigúem, nem que me abracem, nem que se mostrem solidários. A raiva da dor é para ser vivida até ao limite, só assim poderá um dia abandonar-me.
Isabela