"Gostava de saber porque te amo
nesta forma estranha de te não ter
amado nunca."
Virgilío Ferreira
Espaço sem tempo e sem rumo. Puro exercício de escrita no prazer de contar histórias de amores perfeitos, ou talvez não ...
quinta-feira
segunda-feira
Penso em ti...
De vez em quando penso em ti …
À medida que se aproxima Dezembro penso cada vez mais em ti.
Penso em como te iria aconchegar no colo, nas tardes dos meses frios que se aproximam e em que estaríamos só nós dois no silêncio morno desta casa.
No Natal já seriamos quatro, uma família inteira.
Questiono-me se serias a princesa dos meus sonhos ou outro rapazinho lindo de olhos esbugalhados para o mundo, como o João.
Penso em ti romanticamente, como todas as mães pensam nos seus primeiros filhos… quando ainda não conhecem as dores, nem as aflições, nem a impotência de ser mãe, quando ainda não vos viram tremer de febre e ser espicaçados por agulhas infernais, quando ainda não viveram o medo supremo de vos perder, quando ainda não sentiram o vómito do cansaço de noites e noites sem dormir, quando ainda não se olharam no espelho e viram as marcar que ficarão para sempre no seu corpo, quando ainda não fizeram contas a todas as despesas que um filho representa, quando ainda não experimentaram o desespero da liberdade comprometida e da responsabilidade infinita, para sempre.
Agora, em finais de Outubro, eu já seria uma enorme baleia a transporta um fascinante ser aquático dentro de mim.
Mas não sou.
Porque não pude. Porque não quis.
E assim, serás para sempre uma memória amarga, de uma escolha solitária e absurdamente difícil…
Muito mais difícil do que alguma vez imaginei suportar…
Madalena
quarta-feira
quinta-feira
Tu
Dizes sempre as palavras erradas.
Usas sempre as expressões menos felizes.
Despertas sempre o que de pior há em mim.
Gisela
Usas sempre as expressões menos felizes.
Despertas sempre o que de pior há em mim.
Gisela
Partiste
Quando anuncias-te que partias senti uma náusea de aflição. Como é que me ia organizar? gerir tudo? reestruturar rotinas? mudar hábitos? Depois de tantos anos ficar só era assustador.
Depois, partiste.
Os primeiros dias foram difíceis, chorosos, desorganizados. Os miúdos reclamavam constantemente telefonemas para o pai, eu não conseguia encontrar novas referências, esperava ansiosamente os teus contactos, perguntava-te opiniões, sufocava sem os teus braços.
O tempo passou… poucos dias chegaram.
Reorganizarmo-nos, criámos novas rotinas, descobrimos novas competências e outras cumplicidades…Hoje, já não fazes parte dos nossos sonhos nem das nossas conversas… os contactos são cada vez mais espaçados e quase tenho que obrigar as crianças a falar contigo.
Não somos mais, nem menos felizes, temos uma felicidade diferente.
Depois, partiste.
Os primeiros dias foram difíceis, chorosos, desorganizados. Os miúdos reclamavam constantemente telefonemas para o pai, eu não conseguia encontrar novas referências, esperava ansiosamente os teus contactos, perguntava-te opiniões, sufocava sem os teus braços.
O tempo passou… poucos dias chegaram.
Reorganizarmo-nos, criámos novas rotinas, descobrimos novas competências e outras cumplicidades…Hoje, já não fazes parte dos nossos sonhos nem das nossas conversas… os contactos são cada vez mais espaçados e quase tenho que obrigar as crianças a falar contigo.
Não somos mais, nem menos felizes, temos uma felicidade diferente.
Embora me espante, estamos muito bem obrigada!
A vida é mesmo assim… quem não está, não faz falta!
Mónica
terça-feira
Futuro
P,
é estranho como me fazes falta, como soubes-te tornar-te presente na minha vida. Queiram os Deuses que saibas sempre compreender as minhas emoções. Por favor fica atento, sê inteligente e não me desiludas...
Renata
é estranho como me fazes falta, como soubes-te tornar-te presente na minha vida. Queiram os Deuses que saibas sempre compreender as minhas emoções. Por favor fica atento, sê inteligente e não me desiludas...
Renata
quarta-feira
(des)Conversas (cont.)
P.S.
Continuas na mesma…
Insistes em que lhe diga que "sempre fomos amigos"...
Claro que somos! Mas fomos mais que isso… lembras? E ela sabe...
Apaixonámo-nos! … eu pelo menos, apaixonei-me…e amei-te.
Continuas na mesma…Gostei de te rever.
Sobra imenso carinho entre nós…eu sei.
Mas a paixão passou
.... ainda me desejas?
Continuas na mesma…
Talvez um dia entendas a diferença entre desejar e amar…
Vanessa
Continuas na mesma…
Insistes em que lhe diga que "sempre fomos amigos"...
Claro que somos! Mas fomos mais que isso… lembras? E ela sabe...
Apaixonámo-nos! … eu pelo menos, apaixonei-me…e amei-te.
Continuas na mesma…Gostei de te rever.
Sobra imenso carinho entre nós…eu sei.
Mas a paixão passou
.... ainda me desejas?
Continuas na mesma…
Talvez um dia entendas a diferença entre desejar e amar…
Vanessa
Porquê?
Porque é que não telefonas? Porque é que não me bates à porta? Porque é que não me queres? Porque é que me esforço tanto para não te querer? Porque é que cada vez que estou contigo prometo a mim mesma que será a última vez? Porque é que me digo mil vezes por dia que nós só temos sexo sem qualquer tipo de intimidade? Porque é que te avalio como incapaz de amar? Porque é que me defendo tanto? Porque é que criei para ti uma imagem desprendida e racional? Porque é que constantemente treino o exercício de te matar em mim? Porque é que te defendes tanto? Porque é que não te telefono e simplesmente te digo que te quero e que preciso de ti? Porque é que tu não descobres tudo isto? Porque é que não te digo tudo isto?
Porque é que nós pura e simplesmente não conversamos como toda a gente?...
Cármen
Cármen
Passado presente
Passaram 10 anos… e ainda tenho saudades dos seus abraços.
Vê-lo, ao longe,(com a certeza de não ser vista) foi um hábito que ficou, tal como um outro, o de passar na sua rua de madrugada (tantas vezes com a cara lavada de lágrimas de outros amores e desamores) para ver a sua janela-farol onde a luz está sempre acesa …
Há uma serenidade em si, e nos espaços que por instantes foram nossos, que ainda me tranquiliza…
Passaram 10 anos…
Carlota
Vê-lo, ao longe,(com a certeza de não ser vista) foi um hábito que ficou, tal como um outro, o de passar na sua rua de madrugada (tantas vezes com a cara lavada de lágrimas de outros amores e desamores) para ver a sua janela-farol onde a luz está sempre acesa …
Há uma serenidade em si, e nos espaços que por instantes foram nossos, que ainda me tranquiliza…
Passaram 10 anos…
Carlota
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