Não suporto mais os teus tiques e xeliques.
Não vou mais sustentar a falácia que crias em torno de ti, em te assumires perante o mundo como o senhor simpatia e na intimidade seres um neurótico descontrolado.
Não te suporte as birras infantis, os gritos, as portas que batem, nem os saltaricos de princesa doida e lunática.
És estupidamente avaro, no dinheiro, na vida e nos afectos. Não consegues perceber que a harmonia e o prazer não tem preço. O teu único interesse é ostentar apenas perante os teus o teu parco sucesso, que para ti se mede unicamente em dinheiro, no banco.
Lamento que não reconheças que o teu património é o que aprendes, o que ris, o que sentes, o prazer que dás e que podes ter.
Cada instante em que após o teu horário de trabalho continuas a trabalhar em detrimento de nós, morres um bocadinho, cada gargalhada que não compreendes ficas mais pobre, cada abraço que negas nunca o recuperarás, cada aspreza na voz há-de converter-se em fel um dia, cada cêntimo que poupas nunca te servirá para nada (ou talvez o teu extracto bancário mensal te provoque uma leve erecção cada vez que o consultas) porque não o vais usufruir à espera da desgraça que há-de vir.
Tenho pena de ti e estou cansada, durante todos estes anos não quiseste aprender nada comigo, não descobris-te o prazer de dar, de rir, de brincar, de partilhar nem quiseste perceber como a vida flui. Flui sempre, constantemente num eterno retorno, de bem, de bens. Mas para tal temos que ter espaço nela para que as coisas boas possam vir até nós, assim é necessário deitar fora o que nos oprime, dar aquilo que temos demais, libertarmo-nos para novos devires…
Acho que o meu tempo está a chegar, tenho que criar espaço na minha vida para que entre algo novo e bom.
Mariana
Não vou mais sustentar a falácia que crias em torno de ti, em te assumires perante o mundo como o senhor simpatia e na intimidade seres um neurótico descontrolado.
Não te suporte as birras infantis, os gritos, as portas que batem, nem os saltaricos de princesa doida e lunática.
És estupidamente avaro, no dinheiro, na vida e nos afectos. Não consegues perceber que a harmonia e o prazer não tem preço. O teu único interesse é ostentar apenas perante os teus o teu parco sucesso, que para ti se mede unicamente em dinheiro, no banco.
Lamento que não reconheças que o teu património é o que aprendes, o que ris, o que sentes, o prazer que dás e que podes ter.
Cada instante em que após o teu horário de trabalho continuas a trabalhar em detrimento de nós, morres um bocadinho, cada gargalhada que não compreendes ficas mais pobre, cada abraço que negas nunca o recuperarás, cada aspreza na voz há-de converter-se em fel um dia, cada cêntimo que poupas nunca te servirá para nada (ou talvez o teu extracto bancário mensal te provoque uma leve erecção cada vez que o consultas) porque não o vais usufruir à espera da desgraça que há-de vir.
Tenho pena de ti e estou cansada, durante todos estes anos não quiseste aprender nada comigo, não descobris-te o prazer de dar, de rir, de brincar, de partilhar nem quiseste perceber como a vida flui. Flui sempre, constantemente num eterno retorno, de bem, de bens. Mas para tal temos que ter espaço nela para que as coisas boas possam vir até nós, assim é necessário deitar fora o que nos oprime, dar aquilo que temos demais, libertarmo-nos para novos devires…
Acho que o meu tempo está a chegar, tenho que criar espaço na minha vida para que entre algo novo e bom.
Mariana